quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Os Direitos Inalienáveis do Leitor

Pela leitura da sua famosa declaração dos “Direitos Inalienáveis do Leitor” poderíamos ser levados a pensar que Daniel Pennac, no seu bem conhecido livro “ Como um Romance”, faz a apologia do não leitor, já que “ o direito de não ler” ocupa, nada mais nada menos, que o primeiro lugar naquela declaração.
É, no entanto, espantosa a forma como nos conduz, astuciosamente, num tom aparentemente coloquial mas elegante, e de uma eloquência disfarçada de uma enorme simplicidade, pelo universo de muitas das obras de arte literária mais marcantes que alguma vez se escreveram. É, também, admirável a eficácia da estratégia que utilizou para nos espicaçar a curiosidade. Para estimular, em nós, uma vontade irreprimível de as ler, ainda que nos diga claramente que o nosso direito mais inalienável é “ o direito de não ler”.

“ Os Direitos Inalienáveis do Leitor”

1. O Direito de Não Ler

2. O Direito de Saltar Páginas

3. O Direito de Não Acabar Um Livro

4. O Direito de Reler

5. O Direito de Ler Não Importa o Quê

6. O Direito de Amar os “Heróis” dos Romances

7. O Direito de Ler Não Importa Onde

8. O Direito de Saltar de Livro em Livro

9. O Direito de ler em Voz Alta

10. O Direito de Não Falar do Que se Leu

PENNAC, Daniel, Como um Romance

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