sexta-feira, 30 de novembro de 2012


File:LangstonHughes.jpg


James Mercer Langston Hughes (February 1, 1902 – May 22, 1967) was an American poet, social activist, novelist, playwright, and columnist.

I, too

I, Too

I, too, sing America.

I am the darker brother.
They send me to eat in the kitchen
When company comes,
But I laugh,
And eat well,
And grow strong.

Tomorrow,
I'll be at the table
When company comes.
Nobody'll dare
Say to me,
"Eat in the kitchen,"
Then.

Besides,
They'll see how beautiful I am
And be ashamed--

I, too, am America.
Ortega y Gasset- filósofo espanhol (9 May 1883 – 18 October 1955)
 "Yo soy yo y mi circunstancia"

A Rebelião das Massas

" Para já somos aquilo que o mundo nos convida a ser, e as feições fundamentais da nossa alma são impressas nelas pelo perfil do meio circundante como por um molde. Naturalmente, viver não é mais do que lidar com o mundo. O cariz geral que ele nos apresentar será o cariz geral da nossa vida. (...) E, se a impressão tradicional dizia: , a novíssima voz grita: [O homem] Quando lograva melhorar a sua situação, quando ascendia socialmente, atribuía-o ao acaso da sorte (...). E quando não era isto, era um enorme esforço que ele sabia muito bem quanto lhe custara. (...)
[ o homem massa] Está satisfeito tal como é. Ingenuamente, sem necessidade de ser vão, como a coisa mais natural do mundo, tenderá a afirmar e a dar como bom o que encontra em si: opiniões, apetites, preferências ou gostos. Porque não se(...) nada nem ninguém o obriga a dar-se conta de que ele é um homem de segunda classe, limitadíssimo, incapaz de criar e até de conservar a própria organização que dá à sua vida essa amplitude e contentamento em que funda tal afirmação da sua pessoa?
Nunca o homem-massa teria apelado a nada fora de si se a circunstância não o tivesse obrigado violentamente a isso.
(...) Pelo contrário,o homem selecto ou excelente está constituído por uma necessidade íntima de apelar de si mesmo a uma norma para além dele, superior a ele, a cujo serviço se coloca livremente. (...) Contra o que se costuma pensar, é a criatura de selecção, e não a massa, a que vive em servidão essencial. Para ele a vida não tem sabor se não a fizer consistir num serviço a algo transcendente. Por isso não considera uma opressão a necessidade de servir.(...)
(Goethe) (...)
O direito impessoal tem-se e o pessoal sustém-se. (...) O simples processo de manter a civilização actual é superlativamente complexo e requer subtilezas incalculáveis. Mal pode governá-lo este homem médio que aprendeu a usar muitos aparelhos de civilização, mas que se caracteriza por ignorar de raiz os próprios princípios da civilização. (...) a indocilidade política não seria grave se não proviesse duma indocilidade intelectual e moral mais profunda e decisiva."

Ortega y Gasstet

terça-feira, 20 de novembro de 2012

Entrevista a Isabel Allende


CL - Nessa partilha da sua vida com o leitor o que sente receber (em troca)?

IA - A vida é desordenada e confusa. Vivemos angustiados, sem tempo para reflectir sobre os acontecimentos. Ao escrever ordeno o caos da realidade – por isso tenho necessidade de escrever sobre o meu próprio acontecer. Mas não lhe sei dizer o que ganho com essa revelação da minha vida, já que não planeio a escrita em termos de ganho ou perda. Tenho simplesmente uma imperiosa necessidade de compartilhar histórias com os leitores. Não escrevo para mim, escrevo para comunicar.

CL - É ainda muito generosa, ao longo do livro, no descrever do seu processo de escrita. Fala nas horas e horas de trabalho, na investigação, estudo, no que sofre com os temas. Não teme que o encanto se quebre? Ou é intencional essa revelação da “oficina” da escrita e da imaginação?

IA – Descrevo a verdade. Para escrever preciso de imaginação, mas preciso, sobretudo, de disciplina. Ao contar os meus “segredos” espero que outros escritores, ou aspirantes a escritores, compreendam que não existem truques de magia na literatura – apenas trabalho e mais trabalho.

Não teme, não recua.
A sua verdadeira história de amor.


CL - Porquê um livro de memórias, porquê voltar, passados mais de dez anos, a um diálogo com Paula, a sua filha?

IA – Muitas coisas aconteceram na minha família nos últimos anos, e para mim é importante escrever sobre tudo isso, para que o esquecimento não apague o que vivemos. Suponho que se a Paula me pudesse ouvir gostaria de saber o que aconteceu
às pessoas que amava depois da sua partida.

CL – Mas há uma grande diferença entra a absoluta catarse de «Paula» e um certo sossegar, um certo descanso em «A Soma dos Dias».

IA – Tenho quase mais 15 anos de idade, sou uma mulher madura. E a minha vida mudou. Tenho mais paz e estabilidade, é natural que isso se reflicta na escrita. Há 20 anos que partilho a minha vida com Willie, o meu marido, e sou feliz com ele, depois de termos passado por muitos problemas. Aceitei a morte da Paula e vivo com a sua memória. Escrevo também hoje com mais facilidade, tenho mais experiência. O meu estilo é menos barroco e mais directo, uso frases mais curtas, menos adjectivos.

CL – Assume-se tribal e matriarca neste livro, mas «A Soma dos Dias» é também uma história de amor, não? Ou as várias transformações de um mesmo amor...

IA – Estou há muitos anos com Willie, brigámos, reconciliámo-nos, seguimos em frente com nossos filhos e netos, compartilhámos alegrias e desgraças, êxitos e fracassos. Posso dizer que temos uma boa parceria. Mudámos os dois ao longo destes anos, e a nossa relação transformou-se. Sentimo-nos confortáveis nas nossas rotinas. Gostamos de estar juntos, e angustia-nos separarmo-nos. A nossa é uma verdadeira história de amor.

CL – Parece haver uma ligação muito estreita entre a sua escrita e a sua sobrevivência. Depois da escrita de «Paula» reagiu à tristeza com a edição de «Afrodite». E cito-a: “Atribuí a mim mesma uma «reportagem» o mais diferente possível do livro anterior, sem nada que ver com dor e perda, apenas com os pecados prazenteiros da vida: a gula e a luxúria. “

Aí está guerreira, sempre a bregar, a bregar (a lutar, a lutar)?


IA - Sou aventureira e apaixonada, não tenho medo de correr riscos, não recuo perante a necessidade lutar por algo, mas a vida não é só bregar, não é só luta. Também a gozo, à vida, com os sentidos. Willie e eu somos o tipo de pessoa que pode cair de joelhos mas sempre voltará a pôr-se de pé. Não diria que somos guerreiros, mas somos fortes.

CL - Quase no final do livro pousa a cabeça no ombro de Willie e diz-se cansada de matar dragões. Aceitaria o subtítulo de “o descanso da guerreira” para este livro?

IA - Não. O repouso da guerreira não é um bom título porque sei que se aparecerem outros dragões no horizonte voltarei a empunhar a espada para os combater. É bom repousar a cabeça no ombro de Willie, mas isso não quer dizer que me tenha convertido numa romântica donzela. Nada disso! Esta etapa da minha vida tem sido mais fácil e feliz que antes, mas tudo pode ainda mudar. Por isso guardo a minha armadura debaixo da cama, preciso dela para o futuro.


CL-Círculo de Leitores

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Bulhão Pato


As Duas Mães

Numa igreja se encontraram
Duas mães em certo dia
Uma entrava nesse instante,
Toda cheia de alegria.
Orgulhosa e triunfante,
Levava, chegado ao peito,
Um filhinho a baptizar.
Outra, a infeliz que saía
Levava um filho também...
Oh, mas essa pobre mãe
Levava o filho a enterrar!
Cruzaram-se a poucos passos,
A que trazia nos braços,
Cheio de vida e conforto,
O filho dos seus encantos,
E a triste, lavada em prantos
Que seguia o filho morto.
Trocaram ambas o olhar,
Nisto, a mãe afortunada
Foi quem rompeu a chorar,
Enquanto a desventurada
Que o filho tinha perdido
-Oh maravilhas do amor!-
No meio da sua dor
Sorriu ao recém-nascido.


Bulhão Pato

Publicado a pedido da Assistente Operacional Augusta Barbedo

Medite


Medite



Provado está que a vida é curta e bela
E que morre um pouco em cada dia
Não queira, sem querer, dar cabo dela.
Não se irrite. SORRIA...

Queira ser indulgente e confiante,
Seja a própria justiça que o guie;
E quando errar o seu semelhante...
Não critique. AUXILIE.

Seja calmo, sereno, recto e bom
Faça do amor a base, o alicerce;
Tente da voz não alterar o tom,
Não grite. CONVERSE.

Ponha o caso em si, sempre que possa;
Deixe falar quem fala... nem repare,
E, ouvindo a consciência, amiga nossa,
Não acuse. AMPARE.

Manuel Hermínio

Postado a pedido da Assistente Operacional Augusta Barbedo

José Jorge Letria

José Jorge letria é jornalista, poeta, dramaturgo, ficcionista e autor. Nasceu em cascais, em 1951. Foi distinguido com importantes prémios nacionais e internacionais.


Miguel Cunha, 5º A

"O livro que falava com o vento e outros contos" de José Jorge Letria

Eu gostei muito de ler este livro. Reparei que todas as histórias falam de livros, e eu colocava este livro no topo da estante como o menino da história "O livro que falava com o vento", que foi das histórias que mais gostei de ler. Admiro este grande autor. também gostei das ilustrações de Alain Corbel.

Miguel Cunha , aluno do 5º ano da EB 2,3 de Toutosa

Museu de palavras




Repas
farripas
estrugido
tronchuda
bicanca/penca
bocanha
infusa
murras
malga
covilhete
bica
mona
poios

A Insustentável Leveza do Ser


A Insustentável Leveza do Ser

" A vida humana (...) é composta como uma partitura musical. O ser humano, guiado pelo sentido da beleza, transpõe o acontecimento fortuito ( uma música de Beethoven, uma morte numa estação) e faz dele um tema que, em seguida, inscreverá na partitura da vida."