sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Poesias de Fernando Pessoa

Houve um ritmo no meu sono. Quando acordei o perdi. Porque saí do abandono De mim mesmo, em que vivi? Não sei que era o que não era. Sei que suave me embalou, Como se o embalar quisera Tornar-me outra vez quem sou. Houve uma música finda Quando acordei de a sonhar. Mas não morreu: dura ainda No que me faz não pensar.

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