sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Ler é um desafio



Casa-biblioteca - do pedreiro sergipano Evando dos Santos - Biblioteca Comunitária Tobias Barreto, no Rio de Janeiro.

Ler é um investimento

Esta Aldeia Global em que vivemos e consequente excesso de informação em que nos encontramos mergulhados, o desafio das novas tecnologias e o consequente ritmo acelerado a que as mudanças nos vão assaltando, o risco de consolidar uma cultura, já instalada, do efémero, exigem de nós uma mudança radical e urgente de atitude face a quase tudo.
Para esta nova realidade é importantíssimo que se comece a preparar desde já uma nova mentalidade.
Cabe-nos essa árdua tarefa de longo prazo de preparar as gerações que nos foram confiadas para este mundo muito mais competitivo, no qual imperam todas as formas de manipulação. Cabe-nos muni-los de instrumentos de sobrevivência, abrindo-lhes as portas que lhes facultem o acesso à informação, “ abrindo-lhes os olhos” para os perigos que os espreitam, abrindo-lhes o espírito para um mundo de cidadãos, um mundo de direitos e deveres , em cuja harmonia cada um tem um papel preponderante.
Sendo a informação o primeiro direito e o primeiro dever de todos os intervenientes no processo educativo,
esta nova perspectiva da informação como direito e dever é já ponto assente para todas as pessoas envolvidas no Projecto da Rede de Bibliotecas Escolares.
Assim, para além da  tarefa necessária, indispensável e hercúlea de organização e catalogação de documentos,sem a qual a sua recuperação imediata seria impossível, e da elaboração de materiais de apoio á sua melhor rentabilização, temo-nos dedicado de alma e coração às estimulantes actividades de divulgação de cultura,  de fomento do gosto pelo saber,de desenvolvimento da criatividade e do sentido de apreciação estética porque acreditamos cegamente que " Ler é um investimento. Ler é um desafio".

Fernando Pessoa

Poesias de Fernando Pessoa

Houve um ritmo no meu sono. Quando acordei o perdi. Porque saí do abandono De mim mesmo, em que vivi? Não sei que era o que não era. Sei que suave me embalou, Como se o embalar quisera Tornar-me outra vez quem sou. Houve uma música finda Quando acordei de a sonhar. Mas não morreu: dura ainda No que me faz não pensar.

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Prontuário de Termos Locais

Morfar

Campo a velho

Monco

Lêndeas

Côdeas

Molete

Sêmea

Rufadinhas

Rosca

Bicos de pato

Mocho (banco)

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

"Chicotadas de luz"

Miguel Torga

"Os poetas são como os faróis: dão chicotadas de luz à escuridão."

O Paraíso segundo Borges de Gabriel Caprav

Jorge Luís Borges

"Tenho a suspeita que a espécie humana - a única - está prestes a extinguir-se e que a Biblioteca perdurará: iluminada, solitária, infinita, perfeitamente imóvel, armada de volumes preciosos, inútil, incorruptível, secreta."

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

O Pôr do Sol

O pôr-do-sol





Era uma vez um menino que vivia junto à foz do rio Douro.

O menino chamava-se Francisco. Todos os dias o Francisco ia à foz ver espectáculos.

O Francisco às vezes ia ver o pôr-do-sol, ia ao Sea-Life e gostava de andar de bicicleta e jogar às cartas.

Um dia o Francisco encontrou um menino.

O Francisco disse:

- Como te chamas?

E o menino respondeu:

- Eu chamo-me Luís.

Um dia encontrou o Luís outra vez e perguntou-lhe:

- Queres vir comigo ver o pôr-do-sol?

E o Luís respondeu:

- Sim, quero ir.

Ao anoitecer lá foram eles ver o pôr-do-sol.

E o Luís disse:

- Que bonito!



David, 6 anos, 2º ano, EB1 de Outeiro

Uma Casa na Praia

A Casa na Praia

A casa na praia




Era uma vez uma casa frente ao mar. Lá vivia um menino, de cabelos negros. Todos os dias ele ia ao mar.

A praia é linda tem muita areia dourada e ainda tem um mar lindo!!!

O menino vai brincar à praia. Lá joga ténis de praia, faz corridas e jogo futebol de praia.

Na praia encontrou o amigo Daniel.

O menino disse ao Daniel:

- Tu queres vir a minha casa?

O Daniel respondeu:

- Sim eu quero.

Na casa brincaram com os carros depois foram comer.

- Hoje vamos comer fora. Disse a mãe.

Foram comer ao restaurante “À Beira Mar”.

Comeram batatas cozidas com salada e truta. A sobremesa foi ananás.

No fim do jantar despediram-se e prometeram encontrar-se na sexta-feira.



David, 6 anos, 2º ano, EB1 de Outeiro

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Antero de Quental

Antero de Quental

“ Nunca literatura alguma teve a obrigação de ser elevada, grave, séria, desambiciosa, como a literatura deste povo decadente.”  

Janeiro

Janeiro

A Pescada de Janeiro, vale um carneiro.

Aproveite Fevereiro quem folgou em Janeiro.

Calças brancas em Janeiro, sinal de pouco dinheiro.

Cava fundo em Novembro para plantares em Janeiro.

Chuva em Janeiro e não frio, dá riqueza no estio.

Comer laranjas em Janeiro, é dar que fazer ao coveiro.

Da flor de Janeiro, ninguém enche o celeiro.

Dezembro com Junho ao desafio, traz Janeiro frio.

Em Janeiro saltinho de carneiro.

Em Janeiro sobe ao outeiro; se vires verdejar, põe-te a chorar, se vires nevar, põe-te a cantar.

Em Janeiro uma hora por inteiro e, quem bem olhar, hora e meia há-de achar.

Em Janeiro, cada Ovelha com seu Cordeiro.

Em Janeiro, nem Galgo lebreiro, nem Açor perdigueiro.

Em Janeiro, seca a Ovelha no fumeiro.

Em Janeiro, sete capelos e um sombreiro.

Em Janeiro, um Porco ao sol e outro ao fumeiro.

Goraz de Janeiro vale dinheiro.

Janeiro fora, cresce uma hora.

Janeiro geoso e Fevereiro chuvoso fazem o ano formoso.

Janeiro molhado, se não cria o pão, cria o gado.

Janeiro molhado, se não é bom para o pão, não é mau para o gado.

Janeiro quente, traz o Diabo no ventre.

Janeiro tem uma hora por inteiro.

Luar de Janeiro não tem parceiro; mas lá vem o de Agosto que lhe dá no rosto.

Não há luar como o de Janeiro nem amor como o primeiro.

No minguante de Janeiro, corta o madeiro.

O mês de Agosto será gaiteiro, se for bonito o 1º de Janeiro.

Pintainho de Janeiro, vai com a mãe ao poleiro.

Poda-me em Janeiro, ata-me em Março e verás o que te faço.

Quem em Janeiro lavrar, tem sete pães para o jantar.

Sapato branco em Janeiro é sinal de pouco dinheiro.

Se o sapo canta em Janeiro, guarda a palha no sendeiro.

Se queres ser bom alheiro, planta alhos em Janeiro.

Se queres ser bom milheiro, faz o alqueire em Janeiro.

Seda em Janeiro, ou fantasia ou falta de dinheiro.

Verdura de Janeiro, não vai a palheiro.

Vinho verde em Janeiro, é mortalha no telheiro.

Não há luar como o de Janeiro, nem amor como o primeiro.