Uma bela homenagem a Thomas Mann
Morte em Veneza
Todos morremos em Veneza
todos somos Aschenbach
vendo a juventude fugir
esvaindo-se por entre os dedos.
Todos encontramos o pequeno Anselmo
e todos o perdemos entre a bruma da maré
e quando ele reaparece, tarde de mais,
jazemos mortos na areia cálida
o bafo moribundo contra a corrente
os olhos brancos fitando o céu.
E o pequeno Anselmo foge
em toda a sua resplandecência
vendo a nossa carcaça velha
apodrecer ao sol poente.
Sim! Todos somos Aschenbach
e vimos morrer a Veneza
roídos pela frustração,
pela dúvida e pela incerteza
e todos vemos o pequeno Anselmo
fugir com a sua beleza!
Todos morremos em Veneza
todos somos Aschenbach
vendo a juventude fugir
esvaindo-se por entre os dedos.
Todos encontramos o pequeno Anselmo
e todos o perdemos entre a bruma da maré
e quando ele reaparece, tarde de mais,
jazemos mortos na areia cálida
o bafo moribundo contra a corrente
os olhos brancos fitando o céu.
E o pequeno Anselmo foge
em toda a sua resplandecência
vendo a nossa carcaça velha
apodrecer ao sol poente.
Sim! Todos somos Aschenbach
e vimos morrer a Veneza
roídos pela frustração,
pela dúvida e pela incerteza
e todos vemos o pequeno Anselmo
fugir com a sua beleza!
João D'Almeida D'Eça*
* aluno do 11º ano da Escola Secundária Professor José Augusto Lucas, Oeiras, 2º lugar do concurso Faça Lá Um Poema 2009/2010